O Homem do Tempo

27 de ago. de 2013

No fim.
No fim, não sou muito difícil de esquecer.
Tenho poucos amigos e não saio muito.
Não fomos a lugar nem um.
As musicas que te fiz ouvir.
São atípicas.
Não vai ouvir em nem um outro lugar.
As coisas que te mostrei.
As roupas que usei.
Nada por ai irá te recordar.
Nem mesmo se assemelhar.
A coisa que eu sou.
Ou o que eu já te falei.
Ninguém falará igual a mim.
Ou tocará no meu nome.
Serei esquecida facilmente.
Só lembrará de mim depois de dois drinques.
Irá me mencionar, como a desgraça.
O que te fez ficar amargo e rancoroso.
E depois o nome da mulher que te acompanha.
Que te salvou de mim.
E fim.
Já você.
Como eu poderia esquecer?
Esteve comigo o tempo inteiro.
Me abandonou.
E me fez crescer.
E por onde quer que eu vá.
Tudo respira você.
Todas as figuras que eu vejo.
Todos os livros que eu leio.
Parei até de escrever, 
Pra não dizer mais de você.
A comida que eu faço.
A musica que eu escuto.
A roupa da cama, a luz da janela.
O teu cheiro pela casa.
Teu suspiro no meu ouvido.
E na noite, é o fantasma batendo na porta.
O sonho da madrugada.
É tudo o que gostaria de ser.
É o meu amor, o meu terror.
É a sombra que me segue.
É a loucura do tempo.

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