
A vontade que eu tinha era de partir, abandonar-me.
Isso, assim, deixar para traz somente a mim
e me desfazer de todas as mordomias
que de 2 décadas me fez assim
ser quem eu sou
E de todas as vontades que tive
Essa me foi a mais estranha.
Pois de tantas vezes lutei pra mim me ser
Pra ser liberta, das rédeas imaginárias da adolecensia
da desordem do meu pensamento
do baú mágico do meu coração.
E daquela escuridão, que a tanto me acolia.
Senti vontade de deixar ela ir embora
Aquela, pele morena, aqueles lábios pintados, e olhos borrados.
Aquelas lendas de batalhas ganhas, e drinques bebidos.
Aquela menina deslumbrada com os vestidos rodados.
Apaixonada pelas novas coisas velhas.
Cabelo despenteado, pés descalços, e um ar sempre embriagado.
A vontade foi tanta que larguei aquela de lado.
Moribunda, bastarda, imaginária.
Larguei na estrada, enquanto eu me afogava
Nesse mar profundo, e calmo.
De aventuras não vividas, sorrisos forçados,
de passos largos, de voos baixos.
De olhos estagnados no horizonte, sempre ah espera.
De que aquela, que de tanto andasse, desse uma volta inteira, e voltasse.
Com troféus, malas, e cartões postais.
Livros escritos, doces provados, e canções cantadas.
E antes mesmo que eu pudesse me fazer desses devaneios
O sol nasceu, os pássaros me deram bom dia,
mesmo que eu não pudesse esculatos.
Então ele falou, eu te amo. E o outro me beijou!
E eu senti vontade de novo, de ser quem eu nunca tinha deixado!
De ser quem eu realmente sou.
De ser quem eu realmente sou.
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